
Para alguém muito especial... Obrigada por partilhares estes momentos, tão teus, comigo!
Da bruma que me envolve
Pelos campos fica espalhada
No meio dela eu vagueio
Com a alma desnudada
Pairo sobre o verde
Entre o azul e o Céu estrelado
Aí deixo a minha alma
Num sopro rasgado
Dividido no meio do nada
Vou deixando as minhas pégadas
Da alma que me foi dada
Entre a areia molhada
E a água salgada
Caminho então ao longo da praia
Caminho pelo mar adentro
Caminho não sei para onde
Vou ao sabor do vento
Sinto o vento beijar-me a face
O cheiro do mar me invadir
Fecho os olhos, abro os braços
Não consigo resistir
Não consigo desistir
Não consigo parar
Deito-me na areia molhada
Até o mar me levar
Leva-me de volta aos campos verdes
Para na bruma descansar
Leva-me de volta à terra
Para forças ganhar
Continuo a lutar
A vida a gerir
Neste lugar quero ficar
Nunca mais quero partir
Parti uma vez em tempos
Cheio de ódio no pensamento
Nem bruma, nem campos verdes
Só deserto sem sentimento
De tudo eu fugi
Tudo eu larguei
Chegou então o dia
Em que eu estoirei
O vulcão dentro de mim
Lava e lava ganhou
Apoderou-se do meu coração
O coração me queimou
Perdido no meio do nada
À costa eu fui dar
Vim enrolado pelas ondas
Para novamente começar!
P. M.
2 comentários:
Muito bonito sim senhora. Tens amigos muito poéticos. Parece que andamos todos ao sabor do vento.
Uma grande beijoca
É verdade, querida!
O P.M. é uma pessoa especial e tem o dom da escrita!
É bom andarmos ao sabor do vento... ;o)
Beijo grande!
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